Uma literatura difícil de traduzir

30/05/2011

Cada vez mais publicados no Exterior, livros nacionais impõem desafi os aos seus tradutores

Presente no “Guiness Book”, o best seller “O Alquimista”, de Paulo Coelho, detém o recorde de livro de autor vivo mais traduzido no mundo. Ele já foi lançado em 150 países e 67 línguas. As versões, contudo, costumam tirar o humor do bruxo. “Eu me lembro de chegar na Eslovênia e ver a primeira frase do romance ‘O nome do rapaz era Santiago’ impressa como ‘O nome do rapaz era Jakob’”, diz o autor. Foi a partir daí que passou a tomar mais cuidado com as traduções de sua obra: “Claro que criei um caso, mas já era tarde.” Trata-se de uma situação que não atinge só Paulo Coelho. Difícil de traduzir e cada vez mais presente nas livrarias estrangeiras, a literatura brasileira vem sendo lida não só em línguas mais comuns, como inglês, espanhol ou francês, mas também em chinês, grego e holandês, por exemplo. Nessas horas, contar com a sorte é a única saída para o autor.

O romancista amazonense Milton Hatoum concorda: “A única saída é torcer e confiar no seu tradutor.” Diz isso com a experiência de ver o seu livro “Órfãos do Eldorado” ser incluído entre as dez maiores traduções do ano pelo jornal inglês “Financial Times”. Hatoum, cuja obra pode ser lida em 12 idiomas, costuma falar com o seu tradutor por telefone, e-mail e em encontros pessoais. Isso impede erros constrangedores. “Para línguas que eu conheço, mantenho contato em todos os passos da tradução”, diz ele, que lida constantemente com a dificuldade estrangeira em compreender expressões específicas da Amazônia, onde são ambientadas suas histórias. “A palavra ‘provocar’, por exemplo, pode significar ‘vomitar’. É preciso corrigir esse falso sentido”, afirma Hatoum.

 

O romancista amazonense Milton Hatoum concorda: “A única saída é torcer e confiar no seu tradutor.” Diz isso com a experiência de ver o seu livro “Órfãos do Eldorado” ser incluído entre as dez maiores traduções do ano pelo jornal inglês “Financial Times”. Hatoum, cuja obra pode ser lida em 12 idiomas, costuma falar com o seu tradutor por telefone, e-mail e em encontros pessoais. Isso impede erros constrangedores. “Para línguas que eu conheço, mantenho contato em todos os passos da tradução”, diz ele, que lida constantemente com a dificuldade estrangeira em compreender expressões específicas da Amazônia, onde são ambientadas suas histórias. “A palavra ‘provocar’, por exemplo, pode significar ‘vomitar’. É preciso corrigir esse falso sentido”, afirma Hatoum.

 

O romancista amazonense Milton Hatoum concorda: “A única saída é torcer e confiar no seu tradutor.” Diz isso com a experiência de ver o seu livro “Órfãos do Eldorado” ser incluído entre as dez maiores traduções do ano pelo jornal inglês “Financial Times”. Hatoum, cuja obra pode ser lida em 12 idiomas, costuma falar com o seu tradutor por telefone, e-mail e em encontros pessoais. Isso impede erros constrangedores. “Para línguas que eu conheço, mantenho contato em todos os passos da tradução”, diz ele, que lida constantemente com a dificuldade estrangeira em compreender expressões específicas da Amazônia, onde são ambientadas suas histórias. “A palavra ‘provocar’, por exemplo, pode significar ‘vomitar’. É preciso corrigir esse falso sentido”, afirma Hatoum.

Por: Marcos Diego Nogueira
Fonte: ISTOÉ